No século da comunicação, onde o digital aproxima tudo, temos subestimado a força da Saudade. Os celulares nos tem dado a falsa impressão de vida após a ida. Partirmos com a ideia de que levamos no bolso aqueles que não queremos deixar e estamos ficando conformados com ter na ponta dos dedos o que não caberia em uma vida inteira. A saudade ainda existe firme e forte na era do sedex, do chego já. No quarto, em vídeo conferência, quase ninguém pode mais responder por que mesmo ali, com áudio e vídeo aquela pontada no peito não vai embora pela manhã. É saudade meu amigo. Os e-mails não podem anexar aquela sensação das mãos dadas, nem cheiro,nem calor, nem amor e nem sabor. Hoje fazemos quase tudo de longe menos matar a saudade. É a tecnologia que precisa melhorar ou a distancia que precisa sumir? Eu acho que a gente precisa é correr, quanto mais perto de quem amamos mais achatada fica a saudade, a gente precisa aparecer do outro lado da tela, fazer par na imagem. A saudade é foda. Não é atoa que na era do "bate-pronto" a depressão é a doença do século, a gente se acostuma com os paliativos eletrônicos e engole a falta do que é de carne e osso, e a saudade é bicho ruim, mas, se correr o bicho MORRE agora se ficar, ai o bicho come.
João Victor
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